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Showing posts from 2009

Saliva

Não tenho medo de saliva quente a lavar-me as entranhas Eu cultivo o contacto com situações estranhas Respeito as opções dos outros mas não aceito imposições Ou que as minhas escolhas me empurrem para o centro das atenções Necessito de experimentar tanto como do ar que respiro Primo por tentar dar sempre mais do que retiro Celebro castigos consentidos e consinto castigos Procuro cogumelos nucleares, não me escondo em abrigos Arrisco reprovação social e despeito generalizado Não aceito que tribunais populares me considerem culpado O manto de clausura que me cobre e protege é transparente Nada tenho a esconder da elite ou da gente A minha privacidade não contém zonas pintadas a cinzento No meu passado não mora qualquer vergonha ou lamento Confronto sempre as situações dúbias antes que se tornem certezas Não abandono as discussões apenas porque se tornam mais acesas Memorizo cada pormenor, cada instante Sinto que me rasgas com a tua língua c

quase sem luz

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o dia de trabalho tinha acabado e de repente apeteceu-me registar este momento